segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada. Um sucesso esperado.


Por Andrew Leonard


Vai além da imaginação, de qualquer fruto gerado nas muitas ramificações da mente ao formar os detalhes dos personagens clássicos e encantadores descritos na obra imortal de Tolkien. Começando pelo sotaque britânico lindo, característico da época em que o autor escreveu "O Hobbit", não é só a jornada de Bilbo Bolseiro que se torna inesperada, mas o encantamento que me causou ao saber que, mesmo pensando ser desnecessário fazerem três filmes baseados num livro de quase 400 páginas, a trama deixa quem vai ao cinema satisfeito, ansioso e revoltado demais por ter de esperar mais um ano para assistir à segunda parte. Certamente vai cobrir um espaço muito bom para os fãs de megaproduções boas, que ainda são uma raridade.


Nunca perdendo a sabedoria e o impecável senso de humor, o ator Ian Mckellen, intérprete do mago Gandalf, dá um show de atuação e, com certeza, vai agradar ao público, como sempre, com a fidelidade que tem ao personagem ao proferir as falas do livro exatamente como todos nós imaginamos, a minha favorita sendo "Você me deseja um bom dia ou quer dizer que é um bom dia eu querendo ou não; ou que se sente bem este dia; ou é um dia para se estar bem?", e aos outros feitos durante o livro ao causar diversas emoções, fazendo jus ao bruxo nas entradas impressionantes e na luta contra os orcs da montanha.



O Bilbo de Freeman convenceu.
O personagem principal, Bilbo Bolseiro, interpretado por Martin Freeman, retorna nesta versão cinematográfica, que alcançou grande êxito ao exibir e mixar o que poucos filmes mostram: efeitos especiais combinados com uma boa história repleta de ação, aventura e muitos momentos hilários. A reunião dos anões na toca de Bilbo, a luta contra os Wargs, o encontro com Galadriel, o jogo de adivinhas com Gollum são cenas que arrepiam pela qualidade com a qual foram realizadas. É uma adaptação que mergulhou os espectadores ainda mais no mundo criado por Tolkien, acrescentando personagens não contidos nos capítulos do livro, mas que se encontram mencionados em outras partes. Mesmo que o filme não siga com total fidelidade os primeiros seis capítulos a que essa primeira parte foi destinada, as quase três horas são capazes de prender qualquer pessoa à cadeira e ficar realmente sem fôlego com a belíssima fotografia, cenas e diálogos. São tantas informações na tela que a pessoa não sabe nem para o quê olhar. A riqueza de detalhes é impressionante. 

O filme é ação do começo ao fim e, alguns elementos que poderiam parecer chatos de serem levados para a telona, foram bem apresentados. Sempre gostei de poemas, mas tenho de confessar que me irritava muito as constantes canções durante o livro. A tonalidade à la canto gregoriano dos anões ao cantarem uma delas foi realmente bem orquestrada, juntamente com a trilha sonora, que, aliada às capturas de imagem, fizeram a sintonia perfeita para deixar qualquer um liberar a parte do lado Took de Bilbo e aguardar ansiosamente para Gandalf gravar o próximo sinal à porta e anunciar o começo de outra emocionante aventura: a desolação de Smaug.





Bilheteria - Nas bilheterias, a nova empreitada de Peter Jackson já está recolhendo o seu ouro. O Hobbit já bateu a marca da Sociedade do Anel com, nada modestos,  $886 milhões de dólares, de acordo com o BoxOfficeMojo.


Se continuar neste ritmo, é bem provável que A Jornada Inesperada alcance a marca de 1 bilhão de dólares. Isso porque o filme ainda deve estrear no mercado chinês, um dos mais rentáveis do mundo. Caso isso aconteça, O Hobbit superaria a bilheteria das Duas Torres ($926 milhões de dólares) e ficaria muito próximo de bater O Retorno do Rei ($1, 119 bilhões de dólares).


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